segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Classe D já é o dobro da A nas universidades

Classe D já é o dobro da A nas universidades

Autor(es): Márcia De Chiara
O Estado de S. Paulo - 29/11/2010

Em apenas sete anos, número de estudantes da classe D se multiplicou por cinco e soma hoje 887,4 mil, ante 423,4 mil pertencentes à classe A


A classe D já passou a classe A no número total de estudantes nas universidades brasileiras públicas e privadas. Em 2002, havia 180 mil alunos da classe D no ensino superior. Sete anos depois, em 2009, eles eram quase cinco vezes mais e somavam 887,4 mil. Em contrapartida, o total de estudantes do estrato mais rico caiu pela metade no período, de 885,6 mil para 423, 4 mil. Os dados fazem parte de um estudo do instituto Data Popular.

"Cerca de 100 mil estudantes da classe D ingressaram a cada ano nas faculdades brasileiras entre 2002 e 2009, e hoje temos a primeira geração de universitários desse estrato social", observa Renato Meirelles, sócio diretor do instituto e responsável pelo estudo.

Essa mudança de perfil deve, segundo ele, ter impactos no mercado de consumo a médio prazo. Com maior nível de escolaridade, essa população, que é a grande massa consumidora do País, deve se tornar mais exigente na hora de ir às compras.

O estudo, feito a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela também que as classes C e D respondem atualmente por 72,4% dos estudantes universitários. Em 2002, a participação dos estudantes desses dois estratos sociais somavam 45,3%.

São considerados estudantes de classe D aqueles com renda mensal familiar entre um e três salários mínimos (de R$ 510 a R$ 1.530). Os estudantes da classe C têm rendimento familiar entre três e dez salários mínimos. Já na classe A, a renda é acima de 20 salário mínimos (R$ 10.200).

A melhoria da condição financeira que permitiu inicialmente a compra do primeiro carro zero e do celular aos brasileiros de menor renda também abriu caminho para que eles tivesse acesso ao ensino superior. Pesquisa do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), que mede a intenção de compra dos consumidores por classe social, revela que subiu de 15%, no terceiro trimestre, para 17%, neste trimestre, a capacidade de gasto com educação em relação à renda da classe C.

Além da renda maior, Meirelles ressalta outros fatores que provocaram essa mudança de perfil socioeconômico dos universitários. Um deles é a universalização do ensino de segundo grau. Também contribuíram as bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni) e a proliferação de universidades particulares.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Educação

O ensino nos EUA

O ensino nos EUA

Por MiriamL

Do UOL

Ensino nos EUA vem sendo superado há anos

Thomas L. Friedman

Quando cheguei a Washington em 1988, a Guerra Fria estava acabando e o assunto do momento era segurança nacional e o Departamento de Estado. Se eu fosse um foca hoje, eu ainda assim gostaria de cobrir o epicentro da segurança nacional –mas ele seria o Departamento da Educação. O presidente Barack Obama acertou quando disse que aquele que "nos superar hoje em educação irá nos superar na concorrência amanhã". A má notícia é que há anos estamos sendo superados na educação. A boa notícia é que os municípios, Estados e o governo federal estão contra-atacando. Mas não tenha ilusões. Nós estamos em um buraco.

Aqui estão alguns poucos dados que o secretário da Educação, Arne Duncan, ofereceu em um discurso em 4 de novembro: "Um quarto dos estudantes colegiais americanos abandona a escola ou não se forma no prazo normal. Quase 1 milhão de estudantes trocam as escolas pelas ruas a cada ano. (...) Uma das coletivas de imprensa mais incomuns e sérias de que participei no ano passado foi a divulgação de um relatório por um grupo de altos generais e almirantes da reserva. Esta foi a conclusão atordoante do relatório deles: 75% dos jovens americanos, entre 17 e 24 anos, são incapazes de se alistarem nas forças armadas atualmente porque não se formaram no colegial, possuem ficha criminal ou são fisicamente inaptos". Os jovens americanos atualmente estão empatados no 9º lugar em ingresso no ensino superior.

"Outros povos nos passaram e estamos pagando economicamente um preço imenso por causa disso", acrescentou Duncan em uma entrevista. "Mudança incremental não nos levará até onde precisamos ir. Nós temos que ser muito mais ambiciosos. Temos que ser mais contestadores. Não é possível continuar fazendo as mesmas coisas e esperar resultados diferentes."

Duncan, com apoio bipartidário, deu início a várias iniciativas para energizar uma reforma –particularmente sua competição Corrida ao Topo, dólares federais destinados aos Estados com as reformas mais inovadoras para se chegar aos padrões mais altos. Mas talvez seu maior esforço seja para elevar a profissão do professor. Por quê?

Tony Wagner, um especialista em educação de Harvard e autor de "The Global Achievement Gap", explicou dessa forma. Há três habilidades básicas que os estudantes precisam caso queiram prosperar em uma economia de conhecimento: a habilidade de realizar pensamento crítico e solucionar de problemas; a habilidade de se comunicar de forma eficaz; e a habilidade de colaborar.

Se você olhar para os países que lideram os testes que medem essas habilidades (como a Finlândia e a Dinamarca), uma coisa se destaca: eles insistem que seus professores venham do um terço superior de suas turmas de formandos universitários. Como Wagner colocou: "Eles transformaram o ensino de um trabalho de linha de montagem para um de trabalhador de conhecimento. Eles investiram em peso na forma como recrutam, treinam e apóiam os professores, para atrair e reter os melhores".

Duncan contesta a noção de que os sindicatos dos professores sempre resistirão a essas mudanças. Ele aponta para os novos contratos de "avanço" em Washington, D.C., New Haven e Hillsborough County, Flórida, onde os professores abraçaram padrões mais altos de desempenho em troca de um maior salário para aqueles que exibirem melhores resultados.

"Nós temos que recompensar a excelência", ele disse. "Nós tínhamos medo de falar em excelência na educação. Nós tratávamos todos como componentes intercambiáveis. Basta apenas jogar uma criança na sala de aula e um professor na sala de aula." Isso ignorava a diferença entre professores que estão mudando as vidas dos estudantes e aqueles que não. "Se você realiza um ótimo trabalho com os estudantes", ele disse, "nós nunca poderemos lhe pagar o suficiente".

Esse é o motivo para Duncan estar iniciando uma campanha nacional para recrutar novos talentos. "Nós temos que criar no sistema um ambiente e incentivos para que as pessoas queiram ingressar na profissão. Três países que nos superaram –Cingapura, Coreia do Sul e Finlândia– não deixam lecionar aqueles que não tenham vindo do terço superior de seus formandos. E na Coreia do Sul eles se referem aos seus professores como 'construtores da nação'."

A visão de Duncan é que desafiar os professores a atingirem níveis mais altos –usando dados de desempenho do estudante no cálculo do salário, aumentando a concorrência por meio da inovação e diplomas– não é algo antiprofessor. É levar a profissão muito mais a sério e elevá-la para onde deve estar. Há 3,2 milhões de professores ativos atualmente nos Estados Unidos. Na próxima década, metade deles se aposentará. Como recrutaremos, treinaremos, apoiaremos, avaliaremos e compensaremos seus sucessores "moldará o ensino público pelos próximos 30 anos", disse Duncan. Nós temos que fazer isso direito.

Wagner acha que devemos criar uma academia de West Point para os professores: "Nós precisamos de uma nova Academia Nacional de Educação, seguindo o modelo de nossas academias militares, para elevar o status da profissão e apoiar a pesquisa e desenvolvimento essenciais para a reinvenção do ensino, aprendizado e avaliação no século 21".

São todas boas ideias, mas se quisermos melhores professores, também precisaremos de melhores pais –pais que desliguem a TV e os videogames, cuidem para que a lição de casa seja feita, encorajem a leitura e elevem o aprendizado como a habilidade mais importante da vida. Quanto mais exigirmos dos professores, mais devemos exigir de pais e alunos. Esse é o Contrato para a América que realmente assegurará nossa segurança nacional.

Tradução: George El Khouri Andolfato

Thomas L. Friedman

Colunista de assuntos internacionais do New York Times desde 1995, Friedman já ganhou três vezes o prêmio Pulitzer de jornalismo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Perfil do ensino superior

O Perfil do ensino superior

Autor(es): Rayanne Portugal
Correio Braziliense - 22/11/2010

Exame nacional avaliou o desempenho dos alunos de 14 cursos de graduação em vários pontos do país. Alguns estudantes protestaram

O domingo foi tranquilo para os alunos que fizeram o Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade). Mais de 650 mil alunos de cursos superiores de todo o Brasil eram esperados para participar da avaliação que foi aplicada na tarde de ontem. As provas e os gabaritos serão publicados na página eletrônica do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela elaboração e pela aplicação dos exames, a partir das 18h da próxima terça-feira, dia 23.

Neste ano, a prova vai avaliar o rendimento dos estudantes de 14 graduações — agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e zootecnia — e os cursos superiores de tecnologia em agroindústria, agronegócios, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia. No Distrito Federal, 7.838 estudantes foram selecionados para fazer o exame.

Empenhado, o morador de Ceilândia Nilton Nunes Junior, 23 anos, que cursa enfermagem na Uniplan, disse levar a prova a sério. “Acho importante porque se todos formos bem, a faculdade será mais valorizada”, disse. Segundo ele, todos os colegas de turma também se prepararam para o Enade. Elder Guimarães Alves, 25 anos, termina este ano o curso de educação física na Faculdade Alvorada e também foi convocado para fazer o exame. “A prova estava bem fácil. Foi tranquilo fazer”, afirma. “É importante contribuir para a avaliação do nosso curso e, principalmente, para que ele possa melhorar a partir da análise do nosso desempenho”, completa.

O exame faz parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e tem como objetivo medir o conhecimento dos alunos quanto ao conteúdo programático do curso, às habilidades e às competências, além de identificar o desenvolvimento dos alunos que acabam de ingressar no curso em comparação aos que estão prestes a se formar.

Problemas
Uma confusão de nomes e endereços fez alguns estudantes se atrasarem e até perderem a avaliação. A estudante de odontologia da Faciplac, Mayahra Cristina Rocha, 19 anos, teria que fazer a prova no Colégio Marista da quadra 615 na Asa Sul, mas acabou se confundindo e foi parar no Marista da 609 Sul e não conseguiu entrar. Achando que sairia prejudicada, Mayahra chorou. “Fiquei muito ansiosa, preocupada em perder a prova. A faculdade enfatizou bastante que não conseguiríamos nos formar sem fazer o Enade. Mas meu coordenador me tranquilizou e disse que no próximo ano eu posso fazer outro exame”, contou. O Enade é um requisito curricular obrigatório para os cursos de graduação. Os alunos selecionados terão o registro de participação inserido no histórico escolar.

Alguns estudantes entregaram a avaliação apenas com a assinatura. É o caso de Daniele Pires Caldas, 35 anos, moradora de Planaltina. Segundo ela, o curso de serviço social, da unidade de educação a distância da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), foi concluído há um ano. “Não entendi por que me chamaram. Eu quero que a faculdade tenha uma nota baixa”, contou. Daniel Fantauzzi, 25 anos, que é morador do Lago Sul e cursa serviço social na Unitins, também entregou a prova só assinada. Ele garante que não foi boicote. “Eu não estava preparado. Um grupo começou a assinar e entregar, então perguntei se também poderia fazer isso. Me disseram que apenas a faculdade fica prejudicada”, explicou.

Já por falta de documentação, a estudante e moradora de Sobradinho Eva Sônia da Silva Malta, 52 anos, que cursa serviço social na Faculdade Anhanguera, perdeu a prova. “Eu não sabia que precisava dos documentos e trouxe apenas a carteirinha da faculdade e o CPF. Agora não sei como vai ser porque me disseram que eu precisava fazer a prova para pegar o diploma”, lamentou. Gabriela Berigo, 20, do curso de medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) foi surpreendida pelo mesmo motivo. “Perdi meus documentos na vinda para a prova. Não me deixaram justificar e disseram que não poderiam aceitar um Boletim de Ocorrência”, conta.

BOICOTE À PROVA

Estudantes da Universidade de Brasília (UnB), membros do Diretório Central de Estudantes (DCE) e do Centro Acadêmico de Medicina, organizaram uma pequena manifestação contra o Enade em frente ao Centro de Ensino Fundamental Caseb, com panfletagem e abordagem aos alunos que chegavam para fazer a prova. Um dos responsáveis pelo protesto, o estudante de medicina na UnB, Pablo Valente, 23 anos, explica que a avaliação apresenta falhas. “Nós decidimos boicotar o Enade como parte de uma crítica propositiva. A avaliação das instituições não é feita como deveria. Nós queremos ser avaliados, mas de uma forma mais justa”, defende.

Para Pablo, o Enade não condiz com a necessidade de avaliação do ensino superior. Segundo ele, somente as faculdades com notas inferiores têm a atenção do Ministério da Educação (MEC). “Essa prova deveria ser uma das formas de avaliar o ensino e não incentivar, simplesmente, o ranqueamento das faculdades”, diz. Pablo afirma que as pessoas têm que entender o real significado do Enade e apoia o boicote. “Enquanto isso não acontece, seria ideal, ao menos, que as instituições aproveitassem, de forma efetiva, os resultados das provas para investir nas falhas dos cursos. No fim das contas, o Enade não serve para nada”, completou.

Procurado pelo Correio, Paulo César de Jesus, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, afirma que cabe a instituições, diretorias e coordenações de cursos, independentemente da atuação do MEC, aproveitar os resultados do Enade para propor soluções aos problemas identificados. “As faculdades têm a possibilidade de manter e expandir o que é bom e investir nas áreas defasadas dos cursos.”

Para o professor Paulo César, cabe ao corpo docente orientar os alunos. “Aproveitamos os resultados do Enade para buscar melhorias para o curso. Aqui, na Faculdade de Medicina, orientamos para que o exame seja feito com seriedade, pelo bem do próprio curso. Mas se as instituições querem cobrar seriedade, têm que ser sérias com o assunto”, afirma.

Julia Horita, 20 anos, aluna do 5º semestre do curso de medicina da UnB, boicotou o exame e cobrou mudanças. “Há falhas estruturais que precisam de atenção. Nosso pronto-socorro está fechado há dois anos e meio e faltam profissionais. Quem sabe assim, com nosso protesto e uma possível redução da nota, chamemos a atenção dos responsáveis para as necessidades do curso.”(RP)

Colaborou Carolina Khodr

QUEM NÃO FEZ

» Os estudantes que não puderam fazer a prova do Enade devem aguardar as orientações do Inep sobre o processo de dispensa pela página eletrônica do instituto (www.inep.gov.br). A informação poderá ser divulgada até o fim do ano, segundo a assessoria. No ano passado, os solicitantes tiveram que preencher o requerimento de dispensa pela internet, declaração que deveria ser assinada pelo responsável da instituição de ensino que o aluno frequenta. O requerimento, anexado a uma cópia autenticada do documento que comprova por que não pôde participar do exame, deveria ser enviado ao Ministério da Educação pelos Correios. O processo de dispensa deste ano ainda não foi definido, mas poderá seguir o mesmo modelo.

O terceiro manifesto da educação nova

O terceiro manifesto da educação nova

Autor(es): Isaac Roitman
Correio Braziliense - 22/11/2010

Coordenador do Grupo de Trabalho de Educação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, membro titular da Academia Brasileira de Ciências

Em 1932 foi lançado o primeiro Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova assinado por 27 intelectuais. Apesar das excelentes propostas contidas no documento, a educação não atingiu a qualidade esperada. Em 1959, novo manifesto foi construído e assinado por 161 intelectuais. Passados 51 anos do lançamento desse segundo manifesto, surgem por toda a parte críticas severas a vários setores da educação, as quais, avolumando–se, tomam as proporções de clamor geral.

Durante os últimos meses, um conjunto de entidades elaborou o documento intitulado Carta-Compromisso: Pela Garantia do Direito à Educação de Qualidade, que está sendo considerado como o Terceiro Manifesto da Educação Nova. Ele aponta as seguintes prioridades: 1) Inclusão, até o ano de 2016, de todas as crianças e adolescentes de 4 a 17 anos na escola, em conformidade com a Emenda Constitucional nº 59/2009; 2) universalização do atendimento da demanda por creche pública, nos próximos 10 anos; 3) superação do analfabetismo, especialmente entre os brasileiros e as brasileiras com mais de 15 anos de idade; 4) promoção da aprendizagem ao longo da vida, como direito assegurado pela Constituição Federal para todas as crianças, adolescentes, jovens e adultos; 5) garantia de que, até o ano de 2014, todas e cada uma das crianças brasileiras até os oito anos de idade estejam plenamente alfabetizadas; 6) estabelecimento de padrões mínimos de qualidade para todas as escolas brasileiras, reduzindo os atuais níveis de desigualdade; 7) ampliação das matrículas no ensino profissionalizante e superior capaz de garantirr as necessidades de desenvolvimento socioeconômico e soberania técnico-científica do Brasil.

O primeiro e mais decisivo passo é institucionalizar o Sistema Nacional de Educação, que deverá ser estruturado em 3 pilares: 1) a elaboração do Plano Nacional de Educação com a construção articulada de planos estaduais e municipais de educação; 2) o estabelecimento de regime de colaboração entre os entes federados; e 3) A implementação de Lei de Responsabilidade Educacional.

O documento foi lançado em 30 de agosto de 2010 no Conselho Nacional de Educação, e será encaminhado aos candidatos eleitos para governos de estado e Presidência da República. Essa iniciativa coletiva tem a participação de 27 entidades, listada aqui em ordem alfabética: Academia Brasileira de Ciências (ABC); Associação Nacional de Política e Administração da Educação (Anpae); Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped); Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG); Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes); Campanha Nacional pelo Direito à Educação (Campanha); Central Única dos Trabalhadores (CUT); Centro de Estudos e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec); Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes); Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE); Confederação Nacional dos Trabalhadores de Estabelecimento de Ensino (Contee); Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag); Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Conselho Nacional de Educação (CNE); Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed); Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (FNCE); Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco); Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM); Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Todos pela Educação (Todos); União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes); União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme); União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime); União Nacional dos Estudantes (UNE). Esse coletivo deverá acompanhar e avaliar a implantação das ações necessárias para assegurarmos uma educação de qualidade. Ao contrário dos outros dois manifestos (1932 e 1959), o atual não é assinado por pessoas e sim por entidades que, no mínimo, representam 50 milhões de brasileiros. Oxalá não haja a necessidade de um quarto manifesto.